sábado, 8 de outubro de 2011

Jogo surpreendentemente fraco, mas placar previsível

De todas as surpresas da vitória brasileira por 1x0 sobre a Costa Rica nesta noite, o magro placar é a menor delas. A Seleção de Mano Menezes tem míseros 22 gols em 17 jogos. Média de 1,3 gol por jogo. E não fosse por um momento de oportunismo de Neymar, que acreditou na jogada que Fred não conseguiu concluir, a média seria ainda menor, impossibilitando-me de arredondar o 1,29 para o número acima citado.

O que muito chamou a atenção foram os 45 minutos de "1 toque" entre David Luiz e Thiago Silva. A dupla de zaga parece que buscava se entrosar na 1ª etapa e praticar fundamentos. Sem opções de jogo, já que os laterais não apareciam e os volantes (Ralf e Luiz Gustavo) não iam buscar jogo, os dois defensores trocavam passes atrás até a exaustão. Ficaram ótimos. Sozinhos, talvez, tenham batido o time do Barcelona neste quesito. Em relação ao entrosamento, ficaram devendo, principalmente, nas bolas paradas. Em escanteio para o Brasil, na hora de trocar de posições - em jogada mal ensaiada) - acabaram se esbarrando e caindo. Thiago Silva permaneceu no chão e precisou de assistência médica.









Os apagados Ronaldinho e Lucas sobrecarregaram o nervoso Neymar, que chegou aos 8 gols com a camisa amarelinha. Este voltava até o meio-campo para buscar jogo, mas, sozinho, parava na marcação adversária. O atacante sofria inúmeras faltas, valorizava e revidava. Por duas vezes - e por 2 motivos - o jovem do Santos levou a mão ao rosto de um jogador costa-riquenho. A primeira razão era o número excessivo de infrações que recebia. A segunda, provavelmente, era a irritação de ver o seu jogo não fluir.

A etapa inicial foi tão fraca que Mano Menezes promoveu alterações no intervalo, o que não é muito habitual. Luiz Gustavo deu lugar a Hernanes e Lucas, o qual arriscou um chute de longe que beirou o ridículo, em um dos raros momentos que pegou na bola, saiu para entrada de Oscar. As mudanças foram boas, mas não surtiram o efeito desejado. Os primeiros 15 minutos pareciam um prolongamento da metade anterior da partida.

Quem também acabou entrando foi Daniel Alves. Fábio, o lateral que mais aparecia (e mesmo assim não era muito), saiu lesionado dando lugar ao titular da posição. A entrada do jogador do Barcelona melhorou um pouco o time brasileiro, que passou a ter mais opções de jogadas pelos flancos. De seus pés saiu o único gol do amistoso. Adriano, lateral-esquerdo, errava mais do que acertava.




Após o primeiro tento convertido, o Brasil esteve próximo do 2º. Ronaldinho, menos sumido, optou por cruzar a tentar finalizar e mandou na cabeça de Fred. Este, sem equilíbrio, quase anotou o seu, mas o goleiro evitou. Na sequência, Neymar acertou o travessão. No mais, as lembranças dos momentos finais desta fraca atuação são a tentativa de homicídio praticada por Mora em cima de Jonas, que lhe rendeu um cartão vermelho, e os tolos cartões amarelos recebidos por Daniel Alves e Oscar, já no apagar das luzes de um amistoso contra a Costa Rica. Parabéns para a Seleção, que chegou à 2ª vitória seguida, o que não acontecia há 1 ano.

Veja os melhores momentos:

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