Com 4 volantes no meio, nenhum atacante de referência no ataque, Felipe na lateral-esquerda e Douglas na zaga ao lado de Dedé, o Cruzmaltino venceu e convenceu fora de casa. O Gigante da Colina foi muito superior e mostrou ser um time versátil. Veja a escalação (4-2-2-2): Fernando Prass; Fagner, Dedé, Douglas e Felipe; Rômulo e Jumar; Allan e Eduardo Costa; Eder Luis e Diego Souza.
Considerações táticas importantes:
1) Mesmo sem um atacante de área, nada mudou no posicionamento dos dois jogadores de frente do Vasco. Diego Souza e Eder Luis atuaram abertos. Esse posionamento fez o time ganhar em largura, o que foi bom. Contudo, em alguns momentos, faltou uma referência para ajudar na criação de jogadas e permitir que os dois trabalhassem mais perto da área.
2) Os 4 volantes no meio-campo não impediram o Gigante da Colina de ser ofensivo e criar boas jogadas. Pelo contrário. Os laterais (Felipe e Fagner) puderam se lançar ao ataque sem ter tanta preocupação defensiva, pois tinham o apoio necessário de Jumar e Rômulo, cabeças de área.
3) Os dois itens acima evitaram que o Vasco fosse um time afunilado e congestionado no meio, caindo na falha do sistema 4-2-2-2. A equipe usou bem os dois flancos. Outro acerto tático foi a impressionante capacidade do time de redimensionar o espaço usando a bola e eficiência na hora de recuperá-la. O esquema com 4 volantes e 2 primeiros-atacantes fazia com que o Vasco ocupasse muito bem o campo de ataque e pudesse marcar à pressão, como vem fazendo ao longo do Brasileiro.
4) O esquema de hoje é mais um do variado leque de possibilidades vascaínas. A capacidade que a equipe tem de alternar suas formações reforça suas chances de conquista do título brasileiro. O time que venceu a Copa do Brasil jogando no 4-1-2-1-2 (losango), atuou boa parte do Brasileirão alternando 4-5-1 (na hora de defender), com Eder Luis e Diego Souza retornando para preencher o meio-campo, e 4-3-3 (quando ataca), com os dois abertos jogando como pontas.
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